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A exploração do pau-brasil. Gravura do francês André Thevet, publicada no livro La Cosmopraphie Universelle, em 1575. Domínio público, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

O relativo abandono em que foi deixado o Brasil, durante vários anos após a descoberta, facilitou as incursões de outros povos europeus, especialmente franceses e espanhóis.

Eles eram atraídos pelas notícias dos viajantes e pelos relatos dos sobreviventes de naufrágios, que falavam de povos e de costumes totalmente diferentes e contavam sobre riquezas fabulosas. Aos franceses, por exemplo, atraía a tinta do pau-brasil, fundamental para suas manufaturas têxteis. Em constantes viagens às novas terras, recolhiam a madeira e abasteciam seus navios.

Sem ainda um plano de ocupação da nova terra americana, o governo de Portugal limitava-se a explorá-la na única riqueza que aparentemente apresentava, o pau-brasil. Tratava de assegurar o monopólio da exploração desse produto e defender a terra das investidas dos corsários estrangeiros. Com esses objetivos, entre 1500 e 1516, expedições exploradoras e expedições guarda-costas chegavam ao Brasil.