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Canoagem velocidade, slalom e paralímpica
06 Junho 2016 | Por Carla Araújo
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Entre os meios de transporte aquáticos, a canoa é o mais antigo de que se tem conhecimento. Existem registros de canoas utilizadas para a pesca e a caça que datam de três milênios antes de Cristo. Porém, como prática esportiva, teve início em 1840, quando o escocês John McGregor construiu um barco que é considerado o precursor do caiaque atual.

Após a invenção de McGregor, o esporte se popularizou e, em 1877, na Bélgica, aconteceu a primeira competição oficial. Algumas décadas depois, em 1924, surgiu a Federação Internacional de Canoagem (ICF, em inglês), que regula as diferentes modalidades até hoje. No programa olímpico, está presente em duas disciplinas: canoagem velocidade e slalom. Já a versão paralímpica da canoagem velocidade é uma das provas estreantes dos Jogos Olímpicos, ao lado do triatlo.

Competição de canoagem velocidade em caiaques para quatro canoístas (Foto: Kevin C. Cox/AFP)

 

Velocidade

Em 1924, além da criação da ICF, a canoagem dava outro passo importante para se popularizar ainda mais: ser incluída como demonstração nos Jogos daquele ano, em Paris. Em Berlim (1936), os Jogos foram televisionados pela primeira vez, e a modalidade entrou oficialmente no programa da competição com nove provas masculinas. As mulheres passaram a competir com apenas um evento em 1948, em Londres.

Nas provas em canoas, as atletas remam ajoelhadas (Foto: Kevin C. Cox/AFP)

Com o simples objetivo de terminar o percurso no menor tempo possível, a disputa é em águas calmas, com raias balizadas por boias em linha reta, e o trajeto pode ter 200, 500 ou 1000 metros. As provas se realizam em dois tipos de embarcações diferentes: canoas ou caiaques. As primeiras são identificadas pela letra C, com barcos abertos nos quais os competidores se apoiam sobre o joelho e usam remos com apenas uma pá. Já os caiaques, caracterizados pela letra K, possuem espaço para que os atletas fiquem sentados enquanto remam, utilizando um remo com duas pás. São disputadas provas individuais, para duas ou quatro pessoas.

Os países europeus têm mais tradição no esporte; porém, australianos, neozelandeses e também brasileiros vêm se destacando nos campeonatos. Como, por exemplo, a campeã olímpica de Londres (2012) na prova de 200m no caiaque para uma pessoa (K1 200m), e a neozelandesa Lisa Carrington, que é forte candidata ao bicampeonato. O brasileiro Isaquias Queiroz é a promessa nacional, após ter sido campeão pan-americano em Toronto (2015) nos 1000 metros individuais em canoa (C1 1000m).

Slalom

Inspirada nas provas de descida de esqui, a canoagem slalom nasceu em 1932, na Suíça. Assim como na competição na neve, os participantes descem por um trajeto pré-definido, com pórticos que devem ser atravessados. A Segunda Guerra Mundial prejudicou o crescimento do esporte, e só após o fim do conflito a Federação Internacional de Canoagem (ICF) organizou o primeiro mundial, em 1949, também na Suíça.

Na canoagem slalom, os competidores enfrentam fortes corredeiras (Foto: Ronald Martinez/AFP)

O slalom entrou no programa olímpico em Munique (1972) com três eventos masculinos e um feminino. Porém, depois disso, ficou de fora dos Jogos até voltar em Barcelona (1992). As canoas e os caiaques da canoagem slalom são menores e mais leves que os utilizados na velocidade, mas com materiais capazes de resistir às fortes corredeiras. As provas podem ser disputadas em corredeiras naturais ou artificiais. No entanto, para atender melhor ao público e às transmissões de TV, nos Jogos Olímpicos sempre foram realizadas em pistas artificiais ou semiartificiais.

Nos Jogos Olímpicos, os atletas competirão em uma pista de 250m de extensão e cada um vai passar por 18 a 25 portas suspensas, distribuídas ao longo das corredeiras. As balizas verdes devem ser atravessadas no sentido a favor da correnteza e as vermelhas, contra. O trajeto é feito duas vezes e os tempos são somados. Tocar na baliza ou deixar de passar por uma delas são penalidades que acrescentam segundos ao tempo de cada competidor. O vencedor da prova é aquele que terminar no menor tempo possível. Para garantir a segurança, os atletas competem com capacetes e coletes salva-vidas.

A estreia paralímpica

A modalidade é uma das novidades nos Jogos, ao lado do triatlo, e, ao contrário das versões olímpicas, é um esporte recente. Apenas em 2009 a ICF organizou um projeto para divulgar as competições, com o objetivo de incluí-las em 2016.

Com uma dinâmica similar à olímpica, vence o mais rápido em cada bateria. São utilizados caiaques, também identificados pela letra K, e cada embarcação tem adaptações de acordo com as habilidades funcionais de seus tripulantes, para que atletas com qualquer tipo de deficiência físico-motora possam competir. Os eventos ocorrem em trajetos de 200m em águas calmas, com raias demarcadas por boias.

Fernando Fernandes é o destaque do Brasil na canoagem velocidade paralímpica (Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro)

Os praticantes são separados em três classes funcionais: KL1, destinada a atletas com pouco ou nenhum movimento de tronco e sem movimento de pernas; KL2, para desportistas que movimentam parcialmente o tronco e as pernas; e KL3, para canoístas com uso completo do tronco, capazes de flexioná-lo para frente, e parcial dos membros inferiores, capazes de usar pelo menos uma das pernas/próteses.

O grande nome da paracanoagem no Brasil é Fernando Fernandes, tetracampeão mundial da modalidade adaptada e uma das maiores apostas nacionais.

 

Fontes: Brasil 2016, Comitê Paralímpico Brasileiro e Confederação Brasileira de Canoagem.

 
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