No GEC Nicarágua (8ª CRE), não é de hoje que a leitura dos principais jornais da cidade faz parte da rotina das turmas. Talvez este seja um dos motivos pelos quais a sugestão de fazer um jornalzinho em uma disciplina eletiva tenha sido prontamente abraçada, no início de 2013, pela comunidade escolar. Todos os meses, Nicarágua em Ação é impresso numa gráfica, em papel jornal, com uma tiragem de 500 exemplares. O financiamento para a impressão vem de uma verba arrecadada por meio de um regime de assinaturas entre professores, secretários, direção, cozinheiras e equipe de limpeza. Também não está excluída a possibilidade de parcerias futuras com o comércio local. Todo mundo sabe que propaganda é a alma de um negócio.
À frente do projeto estão duas professoras. Renata Ribeiro, formada em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, trabalha há três anos na Rede Municipal e é quem organiza a produção das crianças. Márcia Maria Lima, coordenadora de Língua Portuguesa, formada em Letras pelas Faculdades Integradas Simonsen, há 19 anos na Rede, cuida da revisão dos textos. As matérias são relacionadas somente ao cotidiano da escola e a maior parte dos redatores estuda no 7º ano. Esporte, entretenimento, poesia, receitas culinárias e até dicas de moda estão na pauta mensal. O passo seguinte é fazer do Nicarágua em Ação um projeto interdisciplinar. “Estamos recolhendo material dos professores das demais áreas para ser publicado nos próximos números”, explica a professora Renata.
Passaram Por Aqui é um dos espaços mais interessantes da publicação. Renata diz que ele ajuda a preservar a memória do GEC. “O jornal busca manter o vínculo com ex-alunos nossos e, para isso, temos a coluna, onde esses jovens contam suas experiências, motivados pela disciplina Projeto de Vida, específica do Ginásio Experimental Carioca, o que é um incentivo aos nossos atuais alunos.” Além de estimular a leitura e a escrita, a publicação do jornal Nicarágua em Ação promove a integração e a cooperação dos alunos, ajuda a divulgar informações institucionais e educacionais e, quem sabe, poderá colaborar, também, para a descoberta de novos talentos da imprensa carioca na próxima década. É aguardar para ver.