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Desafios de jornalistas de Educação em tempos de fake news
04 Abril 2025 | Por Lailla Micas
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Em um cenário de crescente disseminação de fake news, jornalistas têm enfrentado desafios cada vez maiores. A velocidade com que informações falsas ou enganosas circulam nas redes sociais e plataformas digitais faz com que esses profissionais precisem redobrar a checagem de fatos, investindo mais tempo e recursos para garantir a veracidade da notícia antes de publicá-la.

Para Patrícia Costa, jornalista da MultiRio – empresa que durante décadas inclui conteúdo jornalístico em suas produções –, o grande número de canais digitais e falta de mecanismos de regulação na internet prejudicam o acesso à informação de qualidade.

“A web hoje permite que qualquer um crie e dissemine informações, sem nenhum compromisso com a verdade ou com os fatos. O jornalismo profissional também sofre ameaças e desqualificação. A qualidade de algumas notícias é muito ruim, rasa.”

(Patrícia Costa, jornalista da MultiRio)


Impacto da desinformação na Educação

No campo da educação, esse contexto pode ser ainda mais problemático. Informações errôneas sobre políticas e dados educacionais podem ter um impacto profundo, gerando confusão entre estudantes, educadores e sociedade. A desinformação pode criar desconfiança no sistema de ensino, além de distorcer debates importantes sobre a qualidade da educação.

Além da desinformação, os jornalistas enfrentam ainda um cenário de crescente polarização ideológica nos meios digitais. Nesses espaços, preconceitos podem ser amplificados, influenciando a disseminação de conteúdo enviesado ou impreciso. Esse ambiente afeta a maneira como os temas educacionais são abordados na imprensa, tornando a reação do público um fator cada vez mais relevante para a cobertura jornalística.

Manipulação de informações no debate educacional

Em tempos de debates sobre mudanças na educação – como reformas curriculares ou a implementação de tecnologias no ensino –, muitas vezes surgem nas redes sociais narrativas contraditórias, que são facilmente distorcidas para atender a interesses específicos.

Todas essas questões exigem de jornalistas um compromisso rigoroso com a ética e a imparcialidade. O aprimoramento de habilidades técnicas de entrevistas, checagem e diversificação de fontes, apuração de fatos e redação para mídias digitais deve ser constante. É também fundamental ter uma compreensão crítica dos contextos político e social que moldam as discussões educacionais.

Responsabilidade jornalística e educação midiática

Nesse cenário, a responsabilidade dos profissionais se torna ainda mais evidente. É crucial a criação de conteúdo original e reflexivo e a preocupação com a qualidade e a profundidade da informação. Patrícia complementa:

“Nós, como jornalistas profissionais, precisamos, mais ainda, exercer nosso trabalho com transparência, ética, coragem e seriedade. Eu acredito que é pelo nosso exemplo que poderemos combater fake news e lutar pela dignidade da nossa profissão.”

(Patrícia Costa, jornalista da MultiRio)


Jornalistas de educação precisam atuar como mediadores entre os fatos e o público. Uma cobertura clara e bem apurada contribui para que a sociedade desenvolva o pensamento crítico, reconhecendo informações falsas e consumindo conteúdos de forma mais analítica. Isso fortalece a democracia e ajuda a construir um ambiente de aprendizado mais saudável, onde a Educação é entendida como um bem coletivo, livre de distorções e manipulações.

Jornalismo e protagonismo estudantil andando juntos

Iniciativa da MultiRio, a ANDAR - Agência de Notícias de Alunos da Rede coloca a educação midiática no centro da aprendizagem. A agência, que reúne projetos de jornalismo estudantil em diversos formatos, estimula a leitura crítica e a criação de conteúdo de forma ética e colaborativa. As atividades da ANDAR contribuem para o desenvolvimento de habilidades de Cultura Digital e Língua Portuguesa, além de competências socioemocionais, promovendo a participação ativa de jovens nas escolas e em seus territórios.

“Os projetos apoiados pela ANDAR nas escolas são elaborados por estudantes, professores e/ou membros de equipes gestoras engajadas na produção de conteúdo midiático - em diferentes mídias e formatos - e na sua disseminação, cumprindo todas as etapas de produção do conteúdo, o que inclui seleção de assuntos, elaboração de roteiros e pautas, divisão de tarefas, entre outras atividades.”

(Plataforma Andar)

 
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