BOITATA int
Clique na imagem para ampliar (desenho e cores: Eduardo Duval, Frata Soares e André Leão).

 

Conhecida pelos índios como Baê-tatá (baê = coisa e tatá = fogo) ou Mboi-tatá (Mboi = cobra e tatá = fogo), essa criatura punia aqueles que causavam queimadas e destruição das matas.

Descrito como um rastro de fogo que corria os campos e cerrados incendiando tudo ao seu redor, o Boitatá também podia ser visto como uma cobra gigante com olhos de fogo.

Em 1560, o padre José de Anchieta registrou ter ouvido dos índios os relatos sobre um facho de fogo cintilante que corria pela terra e os atacava, causando morte e destruição.

Em algumas lendas, o Boitatá surgiu quando a terra sofreu um grande dilúvio e os animais se abrigaram nas montanhas, mas apenas a mboi-açu (cobra-grande) ficou para trás. Faminta, ela passou a devorar os olhos dos animais que abatia e sua pele foi ficando transparente, com os olhos de suas presas brilhando como faróis.