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Brinquedo de sucata: o desafio da ressignificação
23 Dezembro 2013 | Por Luís Alberto Prado
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O interesse da professora Maria Eloá F. N. Moreira pela utilização de resíduos sociais (caixa, tampas, embalagens plástica, PET, papelão) na fabricação de brinquedos de sucata começou em 1988, na E.M. Silvio Romero (5ª CRE), em Honório Gurgel, quando aplicava os princípios da arte ligados ao cotidiano das crianças, por meio das cores, tintas e colas.

“Gosto de fazer arte brincando, a partir de resíduos sólidos recicláveis. Lá construíamos grande painéis, sempre em datas comemorativas, usando garrafa PET. Já naquela época, os alunos do Ensino Fundamental (9 a 12 anos) tinham a preocupação com a coleta seletiva.”

Para Eloá, construir objetos de sucata faz parte da unidade dedicada à criação de brinquedos, envolvendo ludicidade: “Hoje estou no Núcleo de Artes Avenida dos Desfiles (1ª CRE), com alunos de 6 a 16 anos. Eles, quando trabalham com sucata, a princípio, não imaginam no que vai se transformar o objeto trabalhado. Quando todos veem o resultado final, é um espanto geral. Eles sempre se surpreendem com a ressignificação de um objeto. Por exemplo, uma embalagem de amaciante de roupa virar uma máscara africana ou mesmo um boneco pop”.

De acordo com a professora, tudo passa pelo desafio criativo, que chama de “desafio da ressignificação”. Ela explica: “O chamado resíduo social oferece inúmeras possibilidades criativas. É fascinante ver um aluno transformar uma simples caixa de leite numa nave espacial. Sem contar o valor afetivo de sua própria produção e da autoestima elevada pelo cunho autoral das coisas construídas, além do despertar da consciência em preservar o meio ambiente, livre do lixo urbano”.

Atualmente, os brinquedos mais desenvolvidos pelos alunos da professora Eloá Moreira são os robôs articulados. Porém, outros modelos também passam pela linha de montagem do Núcleo de Artes, despertando certa inquietação: “Por serem mais preconceituosos, os meninos preferem bola de meia e nave espacial feita com PET, enquanto as meninas gostam de tudo – carrinho, bonecas, o que for”.

Maria Eloá F. N. Moreira é professora de Artes desde 1985 (UFRJ) e foi eleita professora Orgulho Carioca em 1999, pela coletânea dos trabalhos. Também apresentou os módulos de Arte, Artistas e Arteiros na série Ideias e Caminhos, da MultiRio.

 
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