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Geração Y, prazer em conhecer
22 Outubro 2013 | Por Sandra Machado
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Eles cresceram junto com a internet e isso tem feito toda a diferença do mundo. Mudam facilmente de emprego, se comunicam o tempo todo, querem tudo para já. A Geração Y, também conhecida como os Nativos Digitais, são os adultos jovens da atualidade, nascidos entre as décadas de 1980 e 1990. Um levantamento recente da União Internacional das Telecomunicações (UIT), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que no Brasil está a quarta maior população de nativos digitais do mundo. A metodologia usada engloba, no entanto, pessoas pouco mais jovens – entre 15 e 24 anos – e com experiência de conexão à internet de pelo menos cinco anos. Essa pesquisa estima em aproximadamente 20 milhões o número de nativos digitais no país.

nepomucenoPara os especialistas, essa geração sofre um conflito permanente. De um lado, recebe uma educação baseada num modelo de escola tradicional. De outro, está inserida num universo digital repleto de possibilidades de interação: pode criar um canal no YouTube, debater no Facebook e descobrir informação sobre qualquer assunto por meio do Google. O nativo digital encara como ultrapassado um padrão que Carlos Nepomuceno, doutor em Ciência da Informação pela UFF/ Ibict, qualifica como “monoteísmo cognitivo”, pelo qual todas as relações informacionais se dão de forma verticalizada, seja na família, na escola e até numa empresa, que vende para você um celular previamente configurado, por exemplo.

Rafael Marques mudou de emprego quatro vezes no curto período de cinco anos. Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Universidade Estácio de Sá, aos 25 anos ele faz pós-graduação em Engenharia de Software com Java no Instituto Infnet. “Trabalho 100% com a tecnologia, tenho uma facilidade muito boa em aprender qualquer tipo de inovação tecnológica”, resume. “Foi muito complicado conseguir meu primeiro emprego, pois eu só tinha o Ensino Médio. Tive que fazer alguns cursos de informática, nos quais conheci pessoas que me deram dicas de como entrar no mercado de trabalho. Quando estou muito insatisfeito, eu busco novas oportunidades, primeiro com pessoas que eu conheço, depois em sites.”

YlanaYlana Miller é sócia-diretora da consultoria de desenvolvimento profissional Yluminarh e professora da IBMEC. Para ela, a Geração Y tem foco não apenas na carreira, mas também no sucesso pessoal, e não prioriza trabalhar numa única empresa até a aposentadoria. “É uma geração que valoriza a experiência, prefere aprender em grupos e de forma interativa. São, também, estudantes questionadores e curiosos”, ressalta.

Carla Araújo, de 26 anos, é formada pela Escola de Comunicação da UFRJ e gosta bastante de tecnologia. “Tento me manter informada sobre as novidades e estou sempre conectada por meio do smartphone ou pelo PC.” Ela tomou conhecimento de seu atual emprego, como assessora de imprensa, por meio de uma rede social. “Não me lembro de algum dia ter procurado emprego nos classificados de jornais.” Para Carla, é a ética, tanto a pessoal quanto a profissional, que deve permear as decisões do dia a dia. “Isso, inclusive, contribui para a nossa participação na vida política como cidadãos, pela qual nos tornamos parte de algo muito maior que nós mesmos.” Sobre carreira, embora reconheça que é um aspecto muito importante da vida, ela faz uma ressalva: “Não é algo que deve direcionar todas as nossas energias e esforços”.

Nascida em 1991, Thaysa Silva estuda Comunicação Social nas Faculdades Integradas Hélio Alonso e resume as expectativas de sua geração. “Os amigos de faculdade estão vivendo um momento muito parecido com o meu. Nós estamos concluindo uma graduação num cenário novo: os maiores empregadores estão passando por uma reestruturação, com o avanço das tecnologias da informação.” Quando a questão envolve valores pessoais, Thaysa é bastante direta. “Acho importante saber lidar com as questões políticas e, se não gostar do assunto, pelo menos tentar entender e se manter atualizado. Ética e a cidadania a gente aprende desde pequeno com os pais.“

 
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