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Centro Carioca de Design: de olho no patrimônio do futuro
03 Novembro 2015 | Por Sandra Machado
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ccd home1Inaugurado em 2010, o Centro Carioca de Design (CCD) tem garimpado parcerias como quem busca tesouros. Os primeiros resultados já começaram a aparecer. Graças ao Edital Pró-Design – que já teve duas edições, com um investimento de R$ 700 mil cada –, foram realizados seminários, exposições, workshops e publicações de livros, geralmente com eventos na própria sede. Pouco a pouco, o CCD tem contribuído, também, para movimentar a vizinhança, porque está na Rede Tiradentes Cultural, que promove, no primeiro sábado de cada mês, o chamado Tiradentes Cultural: Ocupação e Circuito.

Mas isso é só o início. Voos mais altos fazem parte do plano do CCD para ampliar a influência do design no Rio de Janeiro. Pelo menos duas outras propostas já saíram, literalmente, do papel. A quarta edição do prêmio Rio em Cartaz, lançado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), está recebendo inscrições até 30 de novembro e, atualmente, é o maior do gênero no país, aberto a residentes em todo o território nacional.

paulaccdVoltado para estudantes ou profissionais de Design, Arquitetura, Comunicação, Belas Artes e áreas afins, oferece R$ 20 mil, a serem divididos entre os três primeiros colocados. A cada ano, o concurso cria um tema diferente para estimular a criatividade dos participantes, como conta a gerente do espaço, a arquiteta Paula Camargo: “No primeiro ano, foi o Rio de Janeiro. No segundo, Rio Patrimônio da Humanidade. Depois, aproveitamos a data comemorativa e fizemos uma homenagem aos 50 anos do Parque do Flamengo. Agora, o tema é Centro para Todos”.

Outra iniciativa que beneficia diretamente estudantes e profissionais com até dois anos de formados é o Galeria D, que oferece R$ 150 mil para cinco projetos selecionados. “Focamos nesse segmento porque há muitos bons trabalhos de conclusão de curso que podem ser concretizados”, destaca Paula.

Esforço concentrado

A partir do entendimento de que deveriam se unir para realizar ações em conjunto, instituições culturais da região da Praça Tiradentes – como o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica e o Centro Cultural Carioca – iniciaram, em maio de 2014, o evento Tiradentes Cultural: Ocupação e Circuito. Além da programação repleta de atrações, recentemente a produção passou a incluir uma feira que já conta com 40 participantes e comidas vendidas a, no máximo, R$ 20. “Pegamos carona na Feira do Lavradio, que também acontece no primeiro sábado do mês, e a estratégia da gastronomia ajuda a garantir a permanência do público na praça”, conta Paula.

cartazPF200Para a próxima edição, no dia 7 de novembro, está prevista uma novidade: uma oficina com o calígrafo Cláudio Gil. Em uma parceria com o movimento Rio, Eu Amo, Eu Cuido, serão confeccionadas placas de sinalização a partir do mote “Se essa praça falasse...”. Performances artísticas, três pocket shows e apresentação do grupo musical Casuarina completam o programa.

Forma + funcionalidade = design

Além de contribuir para o desenvolvimento do senso estético coletivo, o Centro Carioca de Design também tomou para si a desafiadora tarefa de estimular a economia criativa na cidade, que encara como um compromisso. “O Rio de Janeiro faz parte da rede The Districts of Creativity (DC) Network, ou seja, distritos de criatividade, grupo que se propõe a promover inovação, seja em termos de negócios, cultura ou educação”, explica Paula.

Em consequência da parceria com o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, o CCD divide suas instalações com o Studio-X Rio – laboratório de pensamento sobre o futuro urbano que é fruto de um convênio entre a Prefeitura e a Universidade de Columbia (Nova York) –, já que existem projetos semelhantes da instituição com outras poucas cidades do mundo. Também no dia 7 de novembro, vai ser inaugurada a exposição Design Contemporâneo Holandês, realização do IRPH / Centro Carioca de Design, com patrocínio da Prefeitura do Rio e do Consulado Holandês, e colaboração do Studio-X Rio, e que conta com um workshop em paralelo. “O Studio-X é um laboratório de pensamento sobre arquitetura e urbanismo. No Brasil, temos uma vantagem, porque na formação universitária daqui os dois cursos são integrados e, assim, acabamos tendo um olhar para a cidade”, lembra Paula.

Multiplicidade de propostas

A curadora destaca o grau de variedade das exposições que já passaram pelo CCD. “Novas Cartografias Cariocas jogou alguma luz sobre como as pessoas percebem a cidade. Já o Design da Favela mostrou as soluções que os moradores inventam para driblar o cotidiano – um bom exemplo é aquele fogareiro que se usa para vender queijo coalho na praia. Tivemos, também, a Souvenires do Rio, com foco nas lembranças que os turistas levam daqui.”
Aproveitando a Semana Design Rio, que vai do dia 4 ao dia 8, o CCD realiza, de 7 a 11 de novembro, uma série de atividades, com a inauguração de três exposições e o lançamento de dois livros. Boa oportunidade de conhecer o local, que, aliás, funciona em um prédio histórico, onde viveu a cantora lírica Bidu Sayão.

Centro Carioca de Design

Praça Tiradentes, 48 – Centro

De segunda a sábado, das 12h às 19h, com entrada gratuita.

 
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