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Cordel e autógrafos na E.M. Doutor José Antônio Ciraudo
12 Novembro 2015 | Por Larissa Altoé
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cordelRaquel Madeira dos Santos, professora do projeto Nenhum Jovem a Menos na E.M. Doutor José Antônio Ciraudo (10ª CRE), em Paciência, está sempre pensando em como atrair a atenção da turma que, por variados motivos, encontra-se atrasada no aprendizado.

Apenas em setembro foram duas atividades fora da rotina: um sarau dedicado ao cordel e a visita do escritor Ricardo Prado, autor da série de livros Trilhas: Uma Viagem Musical, adotada pela Secretaria Municipal de Educação – SME. O objetivo da professora é um só – colocar os adolescentes em contato com a leitura e fazê-los avançar no aprendizado.

O tema cordel estava previsto na apostila da SME. Além de passar o conteúdo para os alunos, Raquel montou um cenário do sertão na sala e convidou Gonçalo Ferreira da Silva, cordelista e presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, para falar sobre o tema.

Os alunos declamaram os versos que tinham preparado sobre o BRT e a visita do cordelista, e ouviram Gonçalo contar sobre a história, as influências e a modernização do gênero literário.

Os estudantes aprenderam, inclusive, a imprimir por meio de xilogravura as gravuras e os versos característicos da linguagem. Raquel ensinou uma técnica alternativa, que usa isopor em vez de madeira. Toda essa criatividade a professora compartilha no blog Coisas da Professora Raquel.


Encontro com o autor

Ricardo Prado esteve na E.M. Doutor José Antônio Ciraud e conversou com os alunos sobre as duas obras que eles já leram: Leo e o Mistério da Revolução e Leo e a Caixa de Música. Para animar o encontro, Raquel providenciou as comidas preferidas do personagem principal – torta e bolo.ricadoprado

Ela conta que os adolescentes adoraram conhecer de perto um escritor que estavam estudando. “Para eles, os autores eram seres distantes, quase de outro mundo; por isso gostaram de ver que Ricardo Prado é uma pessoa simpática e acessível.”

Todo ano, Raquel produz um livro cujos autores são seus alunos do projeto de reforço. Ela orienta a criação dos textos, digitaliza o material, monta a publicação e viabiliza um modo de exibir a produção. Em 2015, levou o livro para o estande da SME no Salão da FNLIJ.

Além da turma de 7º ano do projeto Nenhum Jovem a Menos, Raquel dá aulas de Língua Portuguesa para o 8º ano regular na mesma escola. Ela diz que ser professora de projeto lhe deu um olhar diferenciado, que a faz cobrar, mas com o intuito de incluir. “Não dá para pôr o aluno para fora de sala de aula por qualquer motivo. Não trouxe apostila, acompanha com o colega. Adolescente é rebelde mesmo. É preciso procurar entendê-lo. Ser rígida, mas com afeto.”

Para 2016, ela já confirmou com a direção da escola o desejo de acompanhar a turma no Acelera 3. A sala de aula possui data show, TV, aparelhagem de som, cantinho de leitura com dicionário, revistas, gibis, jogos educativos, um protótipo do sistema solar, tabuada e pode ganhar outros recursos para, em vez de muitos Is (insuficiente), a professora possa se orgulhar de ter vários MBs (muito bom).

 
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