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Bailarino que participou da Ópera de Munique realiza oficina com professores da Rede
13 Junho 2018 | Por Larissa Altoé
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Diego López, argentino radicado no Rio de Janeiro, dançou por dez anos na companhia da Ópera de Munique, atuando, inclusive, como primeiro-bailarino. Lá, em 1987, recebeu o prêmio de melhor bailarino estrangeiro das mãos de Rudolf Nureyev.

López ministrou uma oficina teórica e prática para 35 professores da Rede Pública Municipal de Ensino, na manhã de 30 de maio, no Centro Coreográfico Municipal, na Tijuca. O encontro faz parte da capacitação oferecida aos professores responsáveis pela preparação dos alunos que participam da Mostra Municipal de Dança da SME, projeto coordenado pela professora Cláudia Petrina, da Gerência de Projetos de Extensão Curricular (GPEC).

Atualmente, Diego López trabalha como professor e coreógrafo. Na palestra, ele falou sobre a história da dança, desde a era das cavernas, das danças tribais, passando pela corte francesa (balé clássico), até a ruptura moderna feita pela Sagração da Primavera, de Nijinski/Stravinski. O bailarino contou que, na estreia do espetáculo de Nijinski, a plateia dividiu-se entre os que gostaram e os que odiaram as inovações de dança e música, tendo ocorrido confrontos físicos entre os que aplaudiam e os que vaiavam o evento.

A partir daí, o coreógrafo lembrou os trabalhos revolucionários de Isadora Duncan e Martha Graham, chegando aos movimentos contemporâneos de Maurice Bèjart, que, segundo ele, propõe uma espécie de “deformação” do balé, e William Forsyth, com sua desconstrução da dança. López explicou que Forsyth utiliza a noção de pontos, formas geométricas e desenhos em suas composições.

Na aula teórica, utilizou vídeos para algumas exemplificações e o próprio coreógrafo fez demonstrações corporais, mas o ápice da oficina foi a parte prática, quando todos foram para o amplo estúdio experimentar algumas técnicas de dança contemporânea. Os professores da Rede trabalharam a improvisação proposta pelo mestre e exploraram métodos de composição coreográfica baseados nas articulações e nos deslocamentos.

Daniela Soares, professora articuladora de balé no EDI Professor Rubem Gonçalves (10ª CRE), em Santa Cruz, ficou radiante com a oportunidade.

Poliani Raphael, professora de Educação Física do Centro de Desenvolvimento de Educação Integrada Amalia Fernandez Conde (1ª CRE), em Santa Teresa, conhecido como Casarão dos Prazeres, estava de licença médica, mas não quis perder a chance de se aprimorar. Poliani assistiu à palestra e observou a aula prática.

Marcelo França, professor de Educação Física da E.M. Professor Álvaro Espinheira e do EDI Ernani Cardoso (ambos da 6ª CRE), em Guadalupe, ficou feliz de poder levar um pouco da dança contemporânea para seus alunos.

A capacitação dos professores é feita ao longo do ano, no Centro Coreográfico, graças a uma parceria entre a SME e a Secretaria Municipal de Cultura, responsável pelo espaço. O diretor artístico Diego Dantas explicou que o Centro oferece residência para diversos grupos de dança, inclusive de escolas municipais. As propostas de ocupação artística para o segundo semestre estão abertas até 14 de junho no site centrocoreografico.wordpress.com.

O objetivo do Centro Coreográfico Municipal é democratizar o acesso à dança e abraçar a diversidade de perspectivas na área, contemplando artistas, grupos, coletivos e companhias profissionais locais, nacionais e internacionais, colaborando para a manutenção e o intercâmbio de suas atividades. Os editais contemplam residências artísticas, espetáculos e eventos.

 
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