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A Aventura da Colonização

A aventura da colonização criava a Colônia, um território e sua população submetidos à dominação política e jurídica de uma Metrópole. A colonização do vasto sertão sob a direção da Coroa portuguesa estabelecia uma relação colonial.

Colônias enquanto regiões submetidas ao poder de um Estado metropolitano existiram em diferentes momentos das experiências históricas vividas pelos homens. E em cada um desses momentos a experiência da relação colonial assumiu um caráter particular.

Durante a Idade Moderna, as relações entre a Metrópole - o Reino português - e a Colônia - a Terra do Brasil - estiveram sempre referidas aos sentidos ou objetivos da expansão marítima. Naquela época, a Colônia era vista como o espaço que possibilitava a concretização dos interesses mercantis e religiosos que moviam aquela expansão. Era o território onde deveria ocorrer a expansão da Fé e do Império, ampliando-se, assim, o número de súditos da Monarquia portuguesa e de fiéis da Igreja. E a Colônia deveria existir em benefício da Metrópole, assegurando-lhe riqueza, poder e prestígio no conjunto dos Estados modernos europeus.

As relações Metrópole - Colônia nos tempos modernos possuíam uma outra marca distintiva, também decorrente do modo como se dera a expansão marítima: o monopólio ou o "exclusivo", como então se costumava dizer.

Os navegadores portugueses haviam enfrentado o Mar Tenebroso. Desejavam controlar, com exclusividade para o Reino, o comércio dos produtos que encontrassem e os caminhos que a eles conduzissem. Os missionários aproximavam-se dos pagãos e infiéis para convertê-los à fé cristã, ou seja, monopolizar suas almas. E o soberano português esperava transformar as populações que habitavam terras distantes em súditos do Estado absoluto que governava.

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