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Neuroeducação, uma aliada da escola
09 Setembro 2014 | Por Sandra Machado
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F6mu iti_5Qualquer ferramenta que ajude a lidar com os desafios do dia a dia na escola é mais do que bem-vinda. Neste caso, trata-se do Curso de Formação Continuada em Neuroeducação, que tem colaborado para a capacitação de professores, coordenadores pedagógicos, diretores e mediadores escolares. A iniciativa partiu do Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociência, Ciências e Cognição (CeC-NuDCEN) da UFRJ, coordenado pelos professores Alfred Sholl-Franco e Talita da Silva de Assis, em associação com a Organização Ciências e Cognição (OCC). A oitava edição acontece entre 26 e 30 de janeiro de 2015, das 8h às 17h, no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Centro de Ciências da Saúde, no Campus Fundão. O edital e a ficha de pré-inscrição estão disponíveis no portal Ciências e Cognição.

O curso teve início como um projeto de melhoria de ensino para escolas públicas do estado do Rio de Janeiro. Dada a procura crescente desde a primeira edição, em 2011, até a mais recente, em julho de 2014, o número de vagas passou de 30 para 60. “A maioria dos participantes são professores e pedagogos – mais de 70% –, vinculados à rede pública de ensino, sendo que, destes, mais de 40% são funcionários do município do Rio de Janeiro”, explica Sholl-Franco. “Temos reservado 20% das vagas para candidatos de outros estados. Já participaram alunos de vários municípios do estado do Rio de Janeiro, assim como de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Bahia, Pernambuco e Amazonas.”

Para aproveitar o recesso escolar, os aprovados em uma pré-seleção participam do programa, que acontece sempre na última semana de janeiro e de julho. Além de aulas teóricas, são realizadas oficinas práticas de conteúdos que, somados, capacitam para a compreensão do funcionamento da mente humana. Entre eles, a construção de mapas e circuitos neurais; diferentes tipos de percepções, imaginação, criatividade e interpretação dentro do contexto acadêmico e a maneira com que esses fenômenos interferem no processo ensino-aprendizagem; importância dos sistemas motores para os processos cognitivos e, também, de esquecer para aprender; organização dos turnos escolares e os ritmos biológicos; principais distúrbios encontrados nas escolas, como dislexia, alexia (perda da capacidade de ler) e discalculia (inabilidade de compreender e manipular números).

F4clube arte_cienciaSob o ponto de vista da neuroeducação, tanto as artes como as atividades físicas desempenham um importante papel no desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos alunos. “Pintura, modelagem, escultura e gravura são experiências artísticas que enriquecem os indivíduos com experiências sensoriais e trabalham a coordenação motora fina, as quais serão utilizadas ao longo de toda a vida. Além disso, participar de atividades como dança e teatro, por exemplo, além de contribuir para o desenvolvimento perceptivo-motor, promove a exposição a novas experiências e vivências que exploram o potencial dos participantes”, lembra Sholl-Franco. Mas, segundo explica, a neuroeducação não é uma técnica a ser aplicada diretamente em sala de aula, como se fosse uma panaceia, mas sim entendida como um ponto de partida de instrumentalização no cotidiano.

“Esse conhecimento pode e deve ser utilizado para o desenvolvimento de estratégias que otimizem os processos de ensino e aprendizagem em situações padrão ou quando temos que lidar com distúrbios ou perturbações nesses processos.”

Para o professor, a neuroeducação facilita, por exemplo, a relação entre os profissionais de educação e as crianças com TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, um distúrbio que incide em 3,6 a 5% da população escolar, e que chega a quase 6% entre os adolescentes. “Diferentes áreas já trabalham ativamente com os princípios da neuroeducação para o desenvolvimento de novos métodos que auxiliem a inclusão social, a partir de demandas específicas. Conhecer melhor as características do TDAH possibilita adequar estratégias e recursos que melhorem o desempenho acadêmico, social e familiar.“

Além de uma equipe fixa de coordenadores e graduandos bolsistas, as ações contam com apoio de voluntários: estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais liberais, nas áreas de humanas, exatas e da saúde. Em comum, todos têm o interesse de contribuir para a divulgação das neurociências, além de ampliar seus conhecimentos em atividades práticas. Os voluntários recebem um certificado de participação com carga horária, que vale como comprovação de atividade complementar para estudantes universitários.

Informações sobre o Curso de Formação Continuada em Neuroeducação, assim como sobre outros cursos (curso de verão/inverno), Olimpíada de Neurociências e demais ações (Museu Itinerante de Neurociências, Projeto NeurAventura, Clube de Arte+Ciência, Grupo de Estudos em Neurociências e Educação – Neuroeduc, entre outras) podem ser acessadas pelo portal Ciências e Cognição.

 
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