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Como orientar as crianças na higiene contra o novo Coronavírus
23 Março 2020 | Por Larissa Altoé
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A higiene é uma das principais armas na luta para evitar a Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus, que já contaminou 335 mil pessoas em todo o mundo, com 15 mil mortes até agora. No momento, esses números estão crescendo diariamente. Para evitar a contaminação, um dos cuidados mais importantes é lavar as mãos adequadamente (palmas, costas das mãos, entre dedos, ponta dos dedos e pulsos) por pelo menos 20 segundos, várias vezes ao dia.

 

Elisabete Alves, diretora do Núcleo dos Programas de Saúde Escolar da SME-RJ, explica que “as orientações de higiene são válidas para todas as idades. Lavar as mãos mais vezes ao dia, sempre antes de comer, depois de ir ao banheiro e, principalmente, antes de levar as mãos aos olhos, boca e nariz. Mas não tem jeito: as crianças e adolescentes vão colocar as mãos no rosto, por isso, é preciso intensificar a lavagem correta das mãos. Os brinquedos, demais objetos, e o espaço também devem estar limpos. Use o material de limpeza adequado a cada finalidade. Sempre que puder lavar: água e sabão são eficientes”.

Segundo Elisabete, dentro de casa, não devemos esquecer de limpar os brinquedos, computador, celular, não colocar as mãos no rosto, não compartilhar talheres e procurar diminuir o contato físico com parentes e amigos.

Como conseguir o engajamento das crianças?

Elisabete tem formação em psicopedagogia e fala sobre como os adultos devem agir para garantir que as crianças lavem as mãos. “Em relação às que têm idade de berçário e creche, os adultos responsáveis é que tratam da higiene dos pequenos; já a partir de quatro ou cinco anos, as crianças são capazes de participar mais ativamente do processo e podem seguir indicações e sinalizações dos adultos. As crianças percebem o que está acontecendo, elas ouvem as notícias. O adulto deve explicar que a lavagem das mãos – demonstrando o modo correto – é a melhor maneira de elas continuarem com saúde”, disse Elisabete.

No entanto, não é de imediato que as crianças aprendem. Elisabete explica que “a conscientização sobre higiene precisa ser diária até que se torne rotina. Não é falando apenas uma vez ou duas que as crianças vão aderir ao esquema, mas quantas vezes forem necessárias, com educação, mas com firmeza, verificando se estão atendendo ao que é indicado. Essas medidas não servem apenas para o novo Coronavírus, mas para diversos vírus e bactérias causadores de outras doenças. Além disso, a recomendação para o momento atual é não sair de casa. É um momento de recolhimento e solidariedade para vencermos essa etapa juntos”. Elisabete recomenda também ensinar a usar a parte interna do braço e antebraço quando tossir ou espirrar.

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O infectologista da Fiocruz, Estevão Nunes, esclarece que a forma mais relevante de transmissão do novo Coronavírus é o contato humano a humano por meio de gotículas. “O vírus não fica no ar, mas os objetos em que as pessoas passam as mãos, como maçanetas e chaves, por exemplo, podem representar risco de transmissão da Covid-19. Por isso, a ênfase na importância da lavagem frequente das mãos. Caso a pessoa entre em contato com alguma superfície que tenha o vírus e lave as mãos adequadamente não terá nenhum problema”.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou documento em 17 de março com informações e esclarecimentos acerca da pandemia pelo novo Coronavírus. Na publicação, o CFM diz que “O Brasil já entrou na fase de explosão da epidemia. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro serão os primeiros campos de teste da estratégia de enfrentamento da epidemia, elaborada pelo Ministério da Saúde e estados”. O documento diz ainda que “a higienização e o isolamento social são as melhores formas de prevenção contra a Covid-19, sendo essenciais para o controle da epidemia”.

 
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