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Práticas inclusivas na Rede Pública Municipal de Ensino
20 Setembro 2019 | Por Fernanda Fernandes
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Em 21 de setembro, é comemorado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A data, instituída por iniciativa de movimentos sociais, em 1982, e oficializada pela Lei Nº 11.133, de 14 de julho de 2005, foi escolhida em função do Dia da Árvore e da proximidade com o início da primavera, a fim de simbolizar o nascimento e a renovação da luta das pessoas com deficiência pela inclusão e pela participação plena na sociedade.

“Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”
                                                  
                                              Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos Das Pessoas Com Deficiência (2008)

O objetivo de sensibilizar e estimular ações que visem à construção de uma sociedade inclusiva é compartilhado por professores e gestores da Rede Pública Municipal de Ensino. Na semana do Dia da Inclusão, conhecido como Dia I no calendário da SME-Rio, coordenadorias e unidades escolares realizam ações nesse sentido, apresentando o trabalho desenvolvido ao longo do ano, que engloba não só a questão da deficiência, mas, também, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Semana I da Inclusão e Jogos Inclusivos da 8ª CRE

Prova de atletismo dos Jogos Inclusivos foi disputada em dupla e contou com a participação de pais e responsáveis (Foto: Alberto Jacob Filho)
Prova de atletismo dos Jogos Inclusivos foi disputada em dupla e contou com a participação de pais e responsáveis (Foto: Alberto Jacob Filho)

Para celebrar as boas práticas da coordenadoria, valorizar o esforço de toda a comunidade escolar envolvida e conscientizar sobre a importância do desenvolvimento, a Gerência de Educação realizou a primeira edição da Semana I da Inclusão da 8ª CRE, organizada pela equipe de Educação Especial. O evento, que aconteceu de 16 a 20 de setembro, contou com a exposição de trabalhos produzidos em unidades da coordenadoria, formação continuada para coordenadores pedagógicos, um “chá da inclusão” com os responsáveis por alunos da Educação Especial e, pela primeira vez, os Jogos Inclusivos da 8ª CRE (JIN).

Os JIN ocorreram durante três dias, para que cerca de 230 alunos de pouco mais de 20 unidades escolares e da Vila Olímpica Mestre André (Padre Miguel), onde ocorreu o evento, pudessem participar das atividades, elaboradas e definidas a partir de um grupo de trabalho com professores de Educação Física e a equipe de Educação Especial da coordenadoria.

Ao todo, cerca de 230 alunos participaram da primeira edição dos Jogos Inclusivos da 8ª CRE (Foto: Alberto Jacob Filho)
Ao todo, cerca de 230 alunos participaram da primeira edição dos Jogos Inclusivos da 8ª CRE (Foto: Alberto Jacob Filho)

As modalidades, disputadas por alunos incluídos e sem necessidades educativas especiais, com a participação de pais e responsáveis, foram: atletismo (corrida de 25 metros, em dupla), basquete sentado (arremesso de bolas na cesta), cabo de guerra, chute a gol vendado, tapete do equilíbrio (percorrido pela criança conforme o posicionamento demarcado de pés), ladobol (em que duas equipes arremessam bolas por cima de uma rede de vôlei à baixa altura e vence a que passar mais bolas).

“Elencamos atividades que os professores já realizam na escola com os alunos, algo que eles estivessem acostumados a fazer. Todos os participantes receberam medalhas, já que o objetivo é a interação e a cooperação entre eles”, comentou Diala Azevedo de Oliveira, gerente de Educação da 8ª CRE.

Isabel Cristina Oliveira foi ao evento com o filho, Henrique da Fonseca, 25 anos, aluno incluído da E.M. Ação Cristã Vicente Moretti (Bangu). “Se tem esporte no meio, tem saúde. Eu saio muito com ele e é ótimo ter um evento assim, fora da escola. A gente não gosta de sair e se divertir? Então, eles também! Eles têm o direito!”, diz Isabel, ressaltando que o filho adora ouvir funk e é torcedor do Flamengo.

Feira mobiliza alunos e professores da E.M. Visconde do Rio Branco (9ª CRE)

Alunos pesquisaram e criaram experimentos dentro do tema definido para cada grupo (Foto: Alberto Jacob Filho)
Alunos pesquisaram e criaram experimentos dentro do tema definido para cada grupo (Foto: Alberto Jacob Filho)

A E.M. Visconde do Rio Branco (9ª CRE), em Campo Grande, realizou no dia 18 de setembro a III Feira Visconde de Inclusão. Iniciativa da professora da Sala de Recursos, Luciana Rolim, esta edição do evento teve como tema Sensibilização e conscientização a respeito da inclusão através da produção criativa de conhecimentos de maneira sustentável. “Esse trabalho só acontece por causa do apoio, do envolvimento e da dedicação de cada um dos professores da escola, da coordenação e da direção”, ressalta Luciana.

O evento envolveu toda a escola. Os estudantes (6º ao 9º ano), orientados por um professor – intitulado padrinho da turma –, pesquisaram sobre questões referentes à inclusão de pessoas com deficiência, transtorno do espectro do autismo e altas habilidades/superdotação, apresentaram o conteúdo e criaram atividades e experimentos para serem realizados por outros colegas e quem mais visitasse a feira.

Em atividade sobre deficiência visual, objetivo era identificar objetos apenas pelo tato (Foto: Alberto Jacob Filho)
Em atividade sobre deficiência visual, objetivo era identificar objetos apenas pelo tato (Foto: Alberto Jacob Filho)

Conteúdos curriculares também fizeram parte das pesquisas. Um grupo de alunos, por exemplo, pesquisou sobre as condições das pessoas com deficiência na época da escravidão – tópico abordado nas aulas de História.

Danielle Medeiros, professora de Geografia, se emocionou ao relembrar da evolução de uma de suas estudantes, com deficiência intelectual e baixa visão.

“No início, fiquei desesperada, achei que não fosse conseguir. Essa aluna chegou ao 7º ano e não sabia escrever o próprio nome. Então, a Luciana, da Sala de Recursos, me acolheu e sugeriu que iniciássemos uma ‘investigação’. Para a minha surpresa, a estudante conseguiu reproduzir um mapa, escreveu o nome das regiões e dos estados e pintou muito bem! Então, se eu pudesse dar um conselho a outros professores, diria: não julguem. Façam seu trabalho, não deixem o aluno de lado, investiguem e deixem-no ir até onde ele conseguir.”

 
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