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Semana de combate às arboviroses
18 Fevereiro 2019 | Por Larissa Altoé
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A E.M. Silvio Romero (5ª CRE), em Honório Gurgel, contou com a parceria da Comlurb em 2018 (Foto: arquivo Programa Saúde nas Escolas)

A campanha “Carioca Saudável, em ambiente bem-cuidado, mosquito não se cria” toma conta da Rede Pública Municipal de Ensino entre os dias 18 e 22 de fevereiro. O objetivo é intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chicungunya, que podem gerar síndrome congênita e manifestações neurológicas.

O grande desafio, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, é mobilizar a comunidade escolar, o Conselho Escola Comunidade, grêmios e associação de moradores. Participam da campanha, além das unidades escolares, as de saúde e de assistência social. A recomendação do Ministério da Saúde é de que haja vigilância rotineira durante todo o ano, verificando possíveis criadouros e eliminando os ovos do mosquito. No entanto, é no verão que a atenção deve ser redobrada devido às chuvas. A água limpa e parada é o local ideal para a procriação do inseto.

Desde o início de 2017, a Fiocruz vem expandindo uma iniciativa inovadora no combate às arboviroses no município do Rio de Janeiro – substituir o Aedes aegypti por mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. O mosquito que possui a bactéria em seu organismo tem capacidade reduzida de transmissão dessas doenças. Essa bactéria não oferece risco ao homem, pois já existe na natureza em muitos outros insetos, inclusive o pernilongo.

Na E.M. Menezes Vieira (2ª CRE), estudantes falaram sobre a importância da prevenção durante a reunião com seus familiares (Foto: arquivo Programa Saúde nas Escolas)

Biotecnologia empregada no projeto

Os cientistas retiraram a Wolbachia de moscas-da-fruta e a inocularam em ovos de Aedes aegypti para que os mosquitos nascessem com a bactéria no seu organismo, de forma intracelular (dentro das células). Foi descoberto que os vírus de diversas arboviroses não se desenvolvem bem na presença da Wolbachia. Desse modo, eles não conseguem se multiplicar em número suficiente dentro do mosquito para que ele transmita doenças às pessoas. Este método inovador de combate a essas enfermidades consiste em liberar mosquitos com Wolbachia em uma área por um determinado tempo, provocando uma gradual substituição dos mosquitos locais pelos inoculados com a bactéria. Essa substituição ocorre por meio do cruzamento entre os insetos, com a transmissão da bactéria pela fêmea aos seus descendentes. Assim, a estratégia torna-se autossustentável, já que a bactéria vai se perpetuar nas gerações futuras.

Atualmente, 640 voluntários hospedam uma armadilha de mosquitos para o trabalho de monitoramento do estabelecimento da Wolbachia no Rio de Janeiro. Dados do Programa Saúde nas Escolas – PSE Carioca – mostram que a região onde já houve substituição do Aedes aegypti por Aedes aegypti com Wolbachia apresentou o menor número de arboviroses em 2018: os bairros que compõe a 11ª CRE.

#educa

A professora de Ciências, Inês Mauad, da E.M. Minas Gerais (2ª CRE) tem um trabalho premiado pela Nasa envolvendo o combate ao Aedes aegypti. Assista aqui.

 
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