ACESSIBILIDADE
Acessibilidade: Aumentar Fonte
Acessibilidade: Tamanho Padrão de Fonte
Acessibilidade: Diminuir Fonte
Youtube
Facebook
Instagram
Twitter
Ícone do Tik Tok

EPF celebra projetos de educação socioemocional com as escolas
25 Outubro 2018 | Por Márcia Pimentel
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp
premio 7CRE
Todas as unidades que inscreveram projetos foram homenageadas. Na foto, as escolas da 7ª CRE. Alberto Jacob Filho, 2018

A Escola de Formação Paulo Freire (EPF) realizou, na quinta-feira (23), um grande evento, na Sala Baden Powel, em Copacabana, para celebrar os projetos das 92 escolas inscritas no concurso Práticas de Aprendizagem Socioemocional. O objetivo do certame foi estimular e divulgar as práticas pedagógicas que ajudam alunos e demais membros da comunidade escolar a lidar melhor com os conflitos e desafios das interações cotidianas.

“O ambiente da escola precisa ser um refúgio, um lugar onde o aluno se sinta acolhido e valorizado. O respeito ao próximo é fundamental e, por isso, todos precisamos desenvolver habilidades que favoreçam as interações, o que impacta positivamente o desempenho acadêmico e ainda solidifica a cidadania”, disse Marisangela Siqueira de Souza, diretora-adjunta da EPF, na abertura do evento.

Unidades e projetos

Entre as 92 escolas inscritas no concurso, cinco foram eleitas destaques por uma banca que reuniu profissionais da Secretaria Municipal de Educação (SME), do Instituto Trevo e da EPF. A escolha se baseou em critérios pedagógicos, de facilidade de replicação do trabalho e no foco na educação socioemocional. As cinco unidades destacadas foram o Ciep Anton Makarenko (6ª CRE), E.M. Barão da Taquara (7ª CRE) , C.M. Flora Santina Ferrari Braz (9ª CRE), E.M. Odilon Braga (4ª CRE) e E.M. Rosa do Povo (7ª CRE).

premio Anton Makarenko
Equipe do Ciep Anton Makarenko, uma das cinco escolas de destaque. Alberto Jacob Filho, 2018, MultiRio

Entre essas unidades, a E.M. Anton Makarenko, localizada em Costa Barros, apresentou o projeto Gentileza Gera Gentileza, iniciado com os alunos do 5º ano e que acabou contagiando a todos. “Nossa comunidade está cheia de episódios violentos. Os alunos acabam levando isso para dentro da escola. Replicam a cultura de resolver tudo na base da agressão”, explicou a professora Élida do Nascimento, da Sala de Leitura.

Quando, em julho, ela fez o curso de Educação Socioemocional na EPF e conversou com a equipe da escola sobre o que tinha aprendido, a professora Kelly Moreira, do 5º ano, deu a ideia de trabalharem a gentileza. “Começamos, então, a desenvolver ações pedagógicas relacionadas ao tema com nossas turmas. Perguntamos aos alunos quais eram as práticas da amabilidade, da delicadeza, do respeito... Anotamos e, a cada dia, passamos a exercitar uma delas, mostrando a importância do controle emocional”, contou Geruza Braga, também professora do 5º ano. Hoje, o projeto já transbordou para toda a escola. “Até temos um aluno, o Kauã, que fez a inscrição ‘Gentileza Gera Gentileza’, na quadra de bailes da comunidade”, contou Élida, da Sala de Leitura.

Durante o evento, a diretora-adjunta da EPF fez questão de frisar que os trabalhos apresentados pelas 92 escolas eram interessantes. “Por isso, quisemos tanto fazer essa celebração com todos vocês”, disse Marisangela à plateia, repleta de diretores, professores e representantes das CREs.

A E.M. Churchill (8ª CRE), localizada em Magalhães Bastos, por exemplo, não estava entre os destaques. Seu projeto era sobre respeito à diversidade religiosa. “Optamos por esse assunto porque percebíamos que havia alunos com preconceito a algumas crenças e um deles iria frequentar a escola paramentado porque tinha feito uma iniciação na Umbanda. Para não haver problemas, passamos a articular conteúdos sobre a história das religiões e realizamos debates com uma mãe de santo, um diácono católico e um pastor evangélico”, explicou a professora Sueli Maria de Menezes, do 6º ano experimental.

premio marisangela
Marisangela Siqueira de Souza, diretora-adjunta da EPF. Foto Alberto Jacob Filho, 2018, MultiRio

Em reconhecimento aos bons projetos que não ganharam destaque, os representantes das CREs e suas escolas foram chamados, um a um, ao palco. “Quando falamos em educação socioemocional, é para toda a rede municipal, a fim de investirmos em interações mais saudáveis, inclusive entre as equipes de todos os níveis: do central às unidades escolares. Com esse espírito, termino minha fala com uma frase de Gabriel García Márquez: Nessa vida aprendi que um homem só tem direito de olhar um outro de cima para baixo, para ajudá-lo a levantar-se”, concluiu Marisangela.

 
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp