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Escrita e produção textual nos anos iniciais do Ensino Fundamental
19 Setembro 2017 | Por Fernanda Fernandes
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A palestra da tarde de terça-feira (19) da V Semana de Alfabetização da Cidade do Rio de Janeiro contou com a participação de Ludmila Thomé de Andrade, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Educação pela Universidade de Paris VIII, e as professoras da Rede Pública Municipal de Ensino Simone Werneck, da E.M. Paulo Freire (4ª CRE), e Raquel Moraes, da E.M. São Domingos (3ª CRE), para refletir e destacar práticas de alfabetização nos primeiros anos do Ensino Fundamental.

Primeiramente, as professoras da SME apresentaram suas experiências de alfabetização. Simone Werneck falou sobre as peculiaridades nas práticas diárias de alunos do 1º ano. "Eles chegam com medo da escrita, de errar, de não conseguir. Então, o trabalho inicial é encorajá-los", reforçou Simone, que opta por usar parlendas, canções e textos de fácil memorização em sala de aula. A partir do acompanhamento da escrita de palavras, por meio de textos e atividades produzidas por seus alunos desde o início do ano letivo até o mês de agosto, a professora fez uma breve análise da evolução dos estudantes.

As professoras Simone Werneck (à esquerda) e Raquel Moraes apresentaram algumas de suas práticas pedagógicas (Foto: Alberto Jacob Filho)

Em seguida, Raquel Moraes detalhou seu trabalho na E.M. São Domingos, que privilegia rodas de conversa e valoriza diferentes gêneros textuais, considerando e utilizando sugestões dadas pelos alunos. "É importante partir de momentos que são significativos para eles. Quando há um aniversariante do dia, eles pedem para fazer um cartão, por exemplo. Quando levei um livro de curiosidades, um aluno propôs que fizéssemos uma Roda de Curiosidade semanalmente, o que foi logo atendido. Algumas perguntas eu respondo na hora. Outras, digo que não sei e, depois, levo a informação, inclusive com fotos, objetos e vídeos", comentou Raquel, que também reforçou a importância de o mural da escola refletir o trabalho dos alunos. "Esse deve ser um local para as produções das crianças, para elas se verem e se identificarem."

Outro projeto da escola é a Mostra de Livros anual, na qual as crianças exibem suas obras. "É importante que eles tenham esse vislumbre, que percebam que podem escrever. A Mostra valoriza as produções escritas pelas crianças e marcam o lugar da criança enquanto escritora."

Já Ludmila Thomé de Andrade, da UFRJ, destacou a importância da oralidade no processo de alfabetização, destacando suas três dimensões: as interações, que a especialista julga a mais importante; a variedade linguística (que incita uma reflexão sobre o preconceito linguístico e sobre, nas palavras de Ludmila, "o que o professor está fazendo com a linguagem que as crianças trazem"); e as semioses da língua, a passagem da oralidade para o grafismo. "A oralidade é onde estamos banhados para fazer nascer o processo de alfabetização", reforçou Ludmila. 

Para Ludmila Thomé de Andrade, da UFRJ, a oralidade tem papel fundamental no processo de alfabetização (Foto: Alberto Jacob Filho)

A professora da UFRJ defendeu que os docentes levem as experiências desejadas pelas crianças para discussões no âmbito da sala de aula, percebam as dificuldades e os questionamentos dos alunos. "É importante deixar acontecer o chamado epilinguístico – tudo o que é comentado, opinado, as hipóteses que surgem e são colocadas pelas crianças de maneira espontânea. Assim fazemos a criança desenvolver o linguístico."

Ludmila ressaltou a necessidade de, por uma didática da alfabetização, o professor reinventar a alfabetização, acompanhando o que acontece no mundo e levando essa "vivacidade" para a sala de aula. Ele também deve estar pronto para "desinventar" o que está estagnado, engessando as práticas pedagógicas.

"Não é preciso abandonar tudo o que sabemos para reinventar, mas, sim, fazer as coisas acontecerem de maneiras diferentes, pensar sempre se nossos métodos podem ser enriquecidos. Os professores devem estar prontos para transformar suas práticas. Há muitas formas de alfabetizar, há estilos autorais e singulares de cada professor, vai ser sempre diferente. Até um mesmo professor é diferente em cada turma. A alfabetização das crianças é a alfabetização que o professor tem no coração”, destacou.

 
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