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Não violência para viver melhor
12 Agosto 2016 | Por Larissa Altoé
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comitedaculturadepazLogotipo do Comitê da Cultura de Paz

Em um mundo com tantos conflitos violentos, há quem veja motivos para viver e promover uma cultura de paz. Não apenas por princípios, mas também porque esse modo de inter-relacionamento pode ser benéfico para quem o pratica.

O grupo de empoderamento feminino Comum é um deles, e tem como um de seus pilares o que chama de conversa não violenta – CNV. Por meio da internet, Giovana Camargo, uma das fundadoras dessa comunidade de mulheres conectadas tanto digital como presencialmente, ensina como dialogar com mais eficiência e assertividade com as pessoas com quem se convive, conseguindo menos brigas e mais colaboração.

Segundo Giovana, comunicação não violenta é uma prática baseada em habilidades de linguagem e de comunicação que aumentam a capacidade de construir conversas positivas e, consequentemente, de se relacionar melhor com as pessoas em geral. “Você não vai praticar CNV só ao parar de falar palavrão, passar a falar em tom suave ou estabelecer diálogos passivos. Existem várias formas de se comportar e comunicar de forma contida, calma e mesmo assim criar discursos que perpetuem uma linguagem violenta”, alerta ela.

Para a Comum, CNV também não significa fugir de conflitos, que podem ser oportunidades para construir caminhos e soluções conjuntas. Giovana diz que quem quer praticar CNV deve refletir sobre os próprios sentimentos e identificar quais necessidades íntimas eles apontam. Com essa resposta, é preciso expressar claramente o que está em questão, aumentando as chances de o problema ser resolvido.

A Comum exemplifica o que propõe com um evento cotidiano simples: se as tarefas domésticas pesam apenas para o lado de uma pessoa em um grupo de convivência, esse indivíduo certamente ficará descontente com a situação. De acordo com uma atitude não violenta, em vez de dizer algo do tipo “Você é preguiçosa(o), nunca lava sua louça” – que se constitui em um julgamento e uma reclamação –, o mais eficiente seria verbalizar algo como “Eu me sinto desconfortável com a louça suja, me sentiria melhor se você lavasse sua louça com mais frequência”.

Manifesto 2000: paz é tarefa de cada pessoa

A Comum está pondo em prática o que se buscou com o Manifesto 2000, elaborado por diversos ganhadores do prêmio Nobel da Paz, por ocasião das comemorações dos 50 anos
da Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1998.

Publicação do Comum - grupo de empoderamento feminino -, na sua página do Facebook

De acordo com o documento, cujo objetivo é promover o compromisso individual com a cultura de paz, todo ser humano pode contribuir seguindo seis diretrizes: respeitando a vida, rejeitando a violência, sendo generoso, ouvindo para compreender, preservando o planeta e redescobrindo a solidariedade. A Unesco apoia o movimento.

Outra iniciativa que deve sua gênese ao Manifesto 2000 são os Conselhos da Cultura de Paz, que atuam junto aos poderes Executivo e Legislativo, em cidades paulistas e paranaenses. Essas entidades reúnem representantes da sociedade civil organizada e têm o objetivo de formular diretrizes e sugerir a promoção de atividades e políticas públicas baseadas nos princípios da cultura de paz. São eles: Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e Conselhos Municipais da Cultura de Paz das cidades de São José dos Campos, Itapecerica da Serra, Diadema, Curitiba e Londrina.

Em relação às escolas, o Ministério Público Federal promove, desde 2013, a campanha Conte até 10, que se destina à educação do adolescente e do jovem para a paciência, a tolerância e a reflexão com o intuito de prevenir atos de violência.

A MultiRio também contribui para a reflexão do tema com a série Ensaios sobre a Não Violência, que retrata os diferentes tipos de conflito que ocorrem na escola. A plateia, composta por membros da comunidade escolar, encena esquetes nos quais cada um assume papéis diferentes dos seus na vida real. A partir daí, acontece o debate sobre possibilidades e estratégias de abordagem das situações apresentadas.

Fontes:

Seis coisas que você precisa saber sobre comunicação não violenta, por Giovana Camargo, da Comum.

Comitê da Cultura de Paz

Conselho Nacional do Ministério Público

 
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