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A Praieira

Pelas ruas pernambucanas o clima era quase revolucionário, e é neste contexto que, em 17 de outubro de 1848, o mineiro Herculano Ferreira Pena foi nomeado, pelo gabinete conservador do Marquês de Olinda, para governar a Província, o que acirrou mais ainda os ânimos.

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A 7 de novembro a cidade de Olinda pega em armas e, como um rastilho, o movimento rapidamente espalha-se por todo Pernambuco. Surgira como uma explosão dos ânimos e das vontades. Amaro Quintas observa que na história dos movimentos pernambucanos ocorria (...) "não um movimento de cima para baixo, mas, ao inverso, de baixo para cima". Acrescenta, adiante, que o que empolgara e impulsionara a Praieira foram os líderes populares e não os líderes da cúpula partidária".

As reivindicações do movimento foram divulgadas no "Manifesto ao Mundo" de 1º de janeiro de 1849, assinado pelos chefes militares praieiros:

"Protestamos só largar as armas quando virmos instalada uma Assembléia Constituinte. Esta assembléia deve realizar os seguintes princípios:

1º) O voto livre e universal do povo brasileiro. 2º) A plena e absoluta liberdade de comunicar os pensamentos por meio da imprensa. 3º) O trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro. 4º) O comércio a retalho só para cidadãos brasileiros. 5º) A inteira e efetiva independência dos poderes constituídos. 6º) A extinção do Poder Moderador e do direito de agraciar. 7º) O elemento federal na nova organização (...)".

Sucediam-se os combates. Os revoltosos sob o comando militar do Capitão Pedro Ivo da Silveira e do General - chefe Félix Peixoto de Brito e Melo - que combatera na Bahia contra as tropas de Madeira de Melo por ocasião da guerra da Independência -, tentaram conquistar o Recife.

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    A Revolta Praeira