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As Sociedades Políticas e os Pasquins

Outras forças expressivas desse período foram as Sociedades Políticas, que representavam os interesses dos diferentes grupos políticos, a saber: a Sociedade Defensora da Liberdade e da Independência, fundada pelo jornalista Evaristo da Veiga, em 19 de maio de 1831, que era integrada pelos regentes e por grande parte dos senadores e deputados, ou seja, o grupo moderado; a Sociedade Federal, instalada no Rio de Janeiro em 31 de dezembro de 1831, por Ezequiel Correia dos Santos, que congregava os exaltados; e a Sociedade Conservadora da Constituição Brasileira, fundada, no início de 1832, constituída pelos restauradores. Nela encontravam-se os Andradas, chefiados por José Bonifácio. Mais tarde ela passaria a se chamar Sociedade Militar. Essas sociedades difundiam suas idéias por meio de jornais e pasquins. Os moderados contavam com Aurora Fluminense, Astréia e O Sete de Abril; os exaltados com A Malagueta, Repúblico, O Grito dos Oprimidos e o Burro Aflito; e os restauradores dispunham de O Brasil Aflito, O Soldado Aflito, O Tamoio Constitucional e O Caramuru.

Visando fazer frente ao poder dos moderados e conseguir aumentar seu espaço de atuação, os exaltados e os restauradores esboçam uma espécie de aliança, na qual a Maçonaria - os Andradas à frente - teve papel de destaque. Esse pacto foi classificado pelo jornalista Evaristo da Veiga como uma "liga de matérias repugnantes, tão impossível de manter-se como a do óleo e da água".

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