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Lei Nabuco de Araújo

Os saquaremas e regressistas que geral, mesmo forçados pela política inglesa para o fim do tráfico negreiro, empenharam-se em manter o sistema escravista, assim como a estrutura colonial de produção. Incentivaram o tráfico interno - agora realizado pelos antigos traficantes intercontinentais - transferindo o escravo negro de áreas onde a agricultura estava em decadência, para regiões cafeeiras em expansão no Centro-Sul.

Imagem 1Para poupar a escravidão, no sentido de racionalizar o uso desta mão de obra que estava muito cara, o Governo imperial deslocou o escravo para funções importantes da grande lavoura, deixando para o trabalhador imigrante as demais atividades.

Os números sobre o tráfico interprovincial registrados pelo historiador Bóris Fausto, entre 1850 e 1888, falam de 100 mil a 200 mil escravos deslocados das decadentes regiões produtoras de cana-de-açúcar no litoral nordestino, para o Centro-Sul. Este esvaziamento descontentará os senhores de escravos e de terras das zonas açucareiras tradicionais que se tornariam abolicionistas.

No ano de 1854 era aprovada a Lei Nabuco de Araújo - que foi Ministro da Justiça de 1853 a 1857 - prevendo sanções para as autoridades que encobrissem o contrabando de escravos. Os últimos desembarques de que se tem notícia aconteceram em 1856.

    A Extinção do Tráfico. Lei Eusébio de Queirós e Lei Nabuco de Araújo