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A Revolta de Beckman

Estes protestos acabaram gerando uma rebelião, em fevereiro de 1684, que ficou conhecida como Revolta de Beckman, por ter sido liderada por Manuel Beckman.

Os revoltosos - comerciantes e proprietários rurais de São Luís, contando com apoio popular - decidiram expulsar os jesuítas e extinguir a Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão.

O irmão de Manuel, Tomás Beckman, foi enviado a Lisboa para que, na Corte, manifestasse claramente a fidelidade ao rei e à Metrópole, e lutasse pelas reivindicações que os colonos entendiam justas.

A administração portuguesa reagiu enviando um novo governador, Gomes Freire de Andrade, que, ao desembarcar em São Luís, com as forças que o acompanhavam de Portugal, não encontrou resistência.

Gomes Freire de Andrade, então, restabeleceu as autoridades depostas, ordenando a prisão e o julgamento dos envolvidos no movimento. Apontados como líderes, Manuel Beckman e Jorge Sampaio receberam como sentença a morte pela forca. Durante o governo de Dom Pedro II de Portugal (1683 - 1706) a Companhia seria extinta, definitivamente, a pedido do próprio governador.

A situação de pobreza do Estado do Maranhão permaneceu no decorrer dos primeiros tempos do século XVIII.

Na segunda metade deste século o governo do Marquês de Pombal (1750 / 1777) tentou achar soluções para a região. A administração pombalina, dentro da política reformista adotada, criou, entre outras medidas, a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.

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Aproveitando-se oportunamente de situações externas favoráveis - a Revolução Industrial que ocorria na Inglaterra e a guerra da independência das treze Colônias na América - a Companhia, em meados do século XVIII, estimulou o plantio do algodão no Maranhão, financiando esta atividade. A exportação do produto cresceu significativamente. Entretanto, quando a Inglaterra reatou relações com a sua antiga Colônia, a produção maranhense entrou em declínio.

Estas situações, entre outras dificuldades, levaram à extinção do Estado do Maranhão em 9 de julho de 1774. Suas capitanias ficaram subordinadas ao vice-rei do Brasil, com sede no Rio de Janeiro.

Ao mesmo tempo, a expulsão dos jesuítas, por Pombal, fez desorganizar a atividade da coleta das "drogas do sertão" na Amazônia.

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