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13 de maio e a importância dos movimentos abolicionistas
Antes da assinatura da Lei Áurea, muitas pessoas lutaram para combater a escravidão
por Alanis Christie. Turma: 1902
18/05/2023

No dia treze (13) de maio, é comemorado o Dia da Lei Áurea - a lei que extinguiu a escravidão no Brasil. É sempre bom falar sobre o quão importante isso foi para a história do Brasil e também do mundo.

Primeiramente, é importante nos lembrarmos do que foi a Abolição e o Movimento Abolicionista, que resumindo, foi o movimento que trouxe a liberdade dos escravos no ano de 1888. Mesmo sendo um movimento positivo, muitas pessoas não celebram o dia da Lei Áurea. Mesmo com o fim da escravidão, muitas pessoas continuaram racistas e menosprezando os negros, de tal forma que, mesmo tendo liberdade, a vida deles não era muito diferente da que tinham quando eram escravizados.

Nessa reportagem, vamos falar sobre formas de resistência à escravidão, como conseguiam divulgar o movimento e como eram feitos os eventos. O movimento Abolicionista reuniu pessoas de diferentes grupos da sociedade que agiram de diferentes maneiras para defender o fim da escravidão dos negros no Brasil. Dentro do movimento abolicionista, também está a resistência dos escravos.

Entre os anos de 1868 e 1871, surgiram no Brasil, ao todo, 25 associações que defendiam e concordavam com a Abolição, e a forma como esses grupos agiam contra a escravidão era diversa. Essas associações reuniam pessoas que debatiam estratégias e atuavam publicamente na defesa do abolicionismo. Entre elas estavam André Rebouças, Joaquim Nabuco, Luís Gama, José do Patrocínio, entre outros.

Esses grupos foram crescendo nas décadas de 1880 e 1870, até que em 1878 e 1885 já existiam no Brasil 227 associações abolicionistas. Essas associações abolicionistas realizavam conferências a favor da causa, organizavam reuniões e debatiam como fariam para conseguir a Abolição total. Faziam eventos públicos, incentivavam escravos a fugirem de seus "donos", dando-lhes abrigo ou transportando os fugidos para estados como o Ceará (que aboliu a escravidão em 1884), ou quilombos que ficavam nas redondezas do local onde atuavam. Também havia grupos que divulgavam em jornais como "A Abolição", "O Federalista" e o "Jornal do Commercio", publicavam textos com artigos pró-abolição e distribuíam panfletos, divulgando publicamente casos, como o de “O abolicionismo”.

O movimento abolicionista ganhou duas facetas no século XIX: uma que agia pelos meios legais e outra que agia por meio de ações ilegais. Entre as ações legais, estavam a distribuição de panfletos, publicação de artigos, realização de eventos públicos, abertura de ações na Justiça, etc. Entre as ações ilegais, estavam as ações de desobediência civil contra a escravidão. Dentre as associações abolicionistas, a maior de todas foi a Confederação Abolicionista, criada em 1883 por André Rebouças e José do Patrocínio, que defendia a abolição sem indenização para os donos de escravos. A Confederação Abolicionista teve um papel de suma importância e coordenou a campanha pela libertação dos escravos em nível nacional.